Terça-feira, 27 de Abril de 2010

.: 133. The War of the Worlds, H.G. Wells :.

 

240 páginas
Sinopse:
A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, é não só uma das obras fundadoras da moderna ficção científica (juntamente com alguns outros livros do mesmo autor, e com quase todos os romances de Jules Verne), como foi ainda o romance que Orson Welles utilizou para a genial criação radiofónica que lançou o pãnico nos EUA, com multidões inteiras a convencerem-se de que os marcianos tinham de facto chegado à Terra.
Este livro pode ler-se como uma simples fantasia: a história de uma guerra com um final ao menos temporariamente, feliz. Ou pode pensar-se no contexto em que foi escrita (1898), numa altura em que o Mundo Ocidental pressentia que uma boa parte do que tinha sempre tido por imutável e seguro estava de facto a chegar ao fim.
Em qualquer caso, e seja qual for a perspectiva do leitor, A Guerra dos Mundos não deixará de ser por todos considerada como uma narrativa verdadeiramente apaixonante.

Opinião:
Este foi um dos raros casos em que a adaptação cinematográfica me agradou muito mais que o livro original. As diferenças são abismais: o filme foi, está claro, adaptado à realidade dos nossos dias, enquanto que a história contada no livro decorre no século XIX (foi escrita em 1890). Por isso mesmo, o filme acaba por se tornar mais emocionante; custou-me um pouco entrar na leitura e não foi uma obra que me prendesse especialmente ou me deixasse curiosa para continuar a ler. Acabei-o, mas não fui impelida pela necessidade de virar as páginas e saber o que viria a seguir. Outros leitores, decerto, irão apreciar este livro mais e melhor do que eu.
Sílvia às 13:47
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Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2010

.: 125. O Código D'Avintes, Vários :.

252 páginas

Sinopse:

Tudo começa em torno da trama sinistra do Conclave dos Cavaleiros Teutónicos da Nova Ordem que quer dominar o mundo sem olhar a meios.
Por seu lado, Isaías Pires, professor de medicina expulso da Ordem por práticas pouco ortodoxas, pertencente a uma outra organização que se opõe aos intuitos pérfidos do Conclave, sofre um trauma e desata a falar aramaico, língua corrente no tempo de Cristo na Palestina e logo a seguir começam a morrer patos e pombos por todos os cantos.
De repente, todos os personagens, o anjo Gabriel e a sua Sara, Lilith, delirante diva, a Arminda do bar do hospital, o doutor Fraga, a padeira de Avintes, o ex-inspector Nuno Costa, o professor Aquilino, especialista em línguas mortas, e outros mais, bons e maus, desatam a procurar antiquíssimas relíquias sagradas que podem conferir um poder indescritível àqueles que as possuírem.
O cúmulo é que a chave do código para chegar a essas relíquias está escondido justamente numa bela terra à beira do Douro e, por isso mesmo, ficará para sempre conhecido por O Código d'Avintes.

 

Opinião:

O objectivo principal deste livro parece ser, acima de tudo, divertir o leitor - e também os autores, claro. Penso que consegue cumprir esse propósito, mas é impossível não notar que foi escrito por sete pessoas muito distintas. Há vários momentos ao longo do enredo em que se percebe facilmente um esforço enorme do autor do capítulo para tentar dar a volta e arranjar forma de prosseguir uma história tão caótica - um esforço que às vezes resulta em soluções que passam o limite do razoável, mesmo para um livro deste estilo.  É muito perceptível a existência de momentos que funcionam como "muletas": apoios e formas de prosseguir a história muito, muito descabidos, usados à falta de melhor. Falta, por isso, uma grande dose de coesão e coerência à obra. À parte disso, penso que se lê muito bem, rapidamente, e cumpre o propósito de conseguir ser divertido.

Sílvia às 17:55
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Terça-feira, 12 de Janeiro de 2010

.: 123. Sputnik Meu Amor, Haruki Murakami :.

238 páginas

 

Sinopse:

Narrativa on the road, ensaio sobre o desejo humano e especulação sobre o destino, o livro de Haruki Murakami é um exuberante exemplo da arte de um dos mais importantes escritores do Japão contemporâneo.

 

Acordo às três da manhã, acendo a luz, sento-me na cama e fico a olhar para o telefone na mesa de cabeceira. Imagino Sumire numa cabina, a acender um cigarro e a marcar o meu número. Tem o cabelo despenteado, veste um casaco de tweed que lhe está demasiado grande, peúgas desirmanadas. Franze o sobrolho, engasga-se com o fumo do cigarro. Demora imenso tempo a discar correctamente o número. Tem a cabeça cheia de coisas que me quer dizer. Pode muito bem acontecer que fique a conversar comigo até de manhãzinha. Sobre a diferença entre signo e símbolo, por exemplo. O telefone parece que vai tocar a todo o momento, mas continua mudo. E ali fico eu, deitado na cama, sem tirar os olhos do aparelho, que teima em não tocar.

 

Opinião:

Este foi o primeiro livro que li deste autor. Tinha alguma curiosidade em experimentar um livro dele, já que a impressão geral com que fiquei ao ouvir falar dos seus livros foi positiva.

 

Ao ler este livro, no entanto, não consigo dizer ao certo se gostei ao não. Pode parecer estranho, eu sei. Normalmente ou se gosta, ou não. Mesmo quando estamos num meio termo, inclinamo-nos sempre um pouco mais para um dos extremos. Esta obra, no entanto, é um pouco dúbia. Lê-se bem, não é muito pesada, mas a história que encerra não condiz com esta aparente leveza: é extremamente complexa. A escrita do autor agradou-me, embora fosse um pouco fora do vulgar. Já o enredo não me cativou por aí além - acho que começou a tornar-se demasiado estranho para o meu gosto. O livro é quase poético, tanto na escrita como na história em si; embora muitos leitores gostem desse estilo, eu prefiro os enredos mais "concretos", enquanto que este era mais abstracto; um daqueles que parecem estar cheios de significados ocultos. Sou, no que toca às leituras, uma amante de obras mais directas.

Pretendo, no entanto, ler um pouco mais da obra deste autor antes de construir uma opinião concreta sobre a mesma.

Sílvia às 22:13
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Terça-feira, 8 de Dezembro de 2009

.: 117. Starry, Starry Night: Three Holiday Stories, Lurlene McDaniel :.

272 páginas

 

Sinopse:

The star that led the three wise men could be the same star wished upon this Christmastime by three young women.

In the opening story, "Christmas Child," fifteen-year-old Melanie feels cheated when her baby sister, born during the holidays, lives only a few days. But the baby's brief life shows Melanie the lasting value of love.

Brenda struggles between noble intentions and earthier desires when she becomes a dying boy's final chance for happiness in "Last Dance."

The closing story, "Kathy's Life," presents the life of one sixteen-year-old as seen through the eyes of a second. To Ellie, Kathy seems to have it all. Kathy is beautiful and intelligent and has the perfect job as a live-in caregiver for a couple's baby boy. But not everything is as perfect as it seems. Ellie doesn't know that Kathy may have to give up the one person that she loves most in the world.

 

Opinião:

Um livro muito, muito leve fácil de ler - ideal para o final das aulas, quando o cérebro já não consegue processar coisas muito complexas!

Não posso dizer que tenha adorado. Lê-se muito bem, mas os contos são simplesmente  demasiado sentimentais para o meu gosto, além de o desenrolar das histórias acabar por ser bastante óbvio em alguns pontos; não é um livro que faça o meu género. No entanto, não deixou de ser uma boa companhia.

Sílvia às 17:13
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Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009

.: 110. A Bruxa de Oz, Gregory Maguire :.

492 páginas

 

Sinopse:

Quando Dorothy triunfou sobre a Bruxa Má do Oeste no clássico O Feiticeiro de Oz, de L. Frank Baum, apenas conhecemos a sua versão da história. Mas, afinal, quem era esta misteriosa Bruxa? De onde veio? Como se tornou tão malvada? E qual é, então, a natureza do mal?
A Bruxa de Oz conta a história de Elphaba, uma menina de pele verde, insegura, rejeitada tanto pela mãe como pelo pai, um pastor reaccionário. Na escola ela também é desprezada pela sua colega de quarto Glinda, a Fada Boa do Norte, que só quer saber de coisas fúteis: dinheiro, roupas, jóias. Neste contexto, ela descobre que vive num regime opressor, corrupto e responsável pela ruína económica do povo. Elphaba decide, então, lutar contra este poder totalitário, tornando-se na Bruxa Má do Oeste, uma criatura inteligente, susceptível e incompreendida que desafia todas as noções preconcebidas sobre a natureza do bem e do mal.

 

Opinião:

Este é um livro muito mais adulto do que aquilo que o título parece antever. Talvez por isso, por esperar que, apesar de consideravelmente grande, esta fosse um obra de leitura fácil, uma coisinha leve para entreter um pouco, fiquei a achar que este é um livro bastante "pesado". Também é verdade que o li durante o Verão (é verdade, este blog andava a precisar de ser actualizado...), nos bocadinhos livres que tinha entre o trabalho. Por isso mesmo, penso que não estava no espírito certo para desfrutar do enredo.

O facto de não estar muito por dentro da história original de O Feiticeiro de Oz - só conheço os traços gerais - também pode ter contribuído para a minha opinião final; a verdade é que este foi um livro que não me impressionou ou agradou especialmente. Mostrou-se demasiado "estranho" para o meu gosto. Quem sabe se, no futuro, o voltarei a ler "com outros olhos".

Sílvia às 17:59
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